quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Morte, Coma e Além – Parte I – Um Ponto de Vista Científico ou Religioso

Coma e Experiência de Quase Morte (ou Near Death Experience): estes dois estados de inconsciência são, muitas vezes, ditos semelhantes ou mesmo iguais. Entretanto são bem diferentes e suas diferenças tornam ainda mais intrigante o mistério da morte; a ignorância humana sobre o que acontece ao Ego, à Psique, quando se rompem e/ou se interrompem suas conexões com o corpo físico.


(Fonte: imagick)

Muitos pesquisadores colhem depoimentos sobre o que acontece à personalidade (Ego) durante situações de "quase morte". Livros de depoimentos são publicados. Nesses depoimentos há o relato recorrente da visão de uma "luz no fim de um túnel". Outros vão mais além e descrevem situações de "boas-vindas", de acolhimento, de chegada ao paraíso, de encontro com pessoas conhecidas já falecidas e/ou com mestres espirituais, anjos, seres luminosos; ou então, ao contrário, uma sensação de medo e uma experiência de estar no "inferno".
No estado de coma, parece que nada disso ocorre. Os depoimentos são completamente diferentes. As pessoas despertam do coma com se estivem acordando de um longo sono; nada mais. Quase sempre, um sono sem sonhos. Para o comatoso não há luzes brilhantes ou túneis. Perde-se a noção do tempo e, quando voltam do coma, surpreendem-se por se terem passados dias, meses e até anos.
Os paranormais, os médiuns, os esotéricos dizem que o espírito prende-se ao corpo por um liame - um fio, descrito freqüentemente como um fio prateado, luminoso [a idéia de luz está sempre presente]. Nas chamadas "viagens astrais" ou "experiências fora do corpo", o SER Espiritual - que É o homem verdadeiro em última instância de SER - se desloca a distâncias longas e ESTRANHAS, no espaço e no tempo. Enquanto o corpo físico repousa, dormindo ou em transe, o espírito vai a lugares inimagináveis, encontra pessoas, faz coisas.

Projeção astral (Fonte: projecaoastral)
O liame, o fio estende-se sem limite porém, sob certas circunstâncias ou inevitavelmente algum dia, o fio se rompe e o corpo morre, a pessoa morre, ao menos para ESTE MUNDO - porque a vida pertence ao espírito, à anima, alma - e não à matéria. Em estado de coma, embora inconsciente para o "mundo dos vivos", o espírito ainda tem o seu liame firmemente preso ao corpo. No coma, aparentemente, tando o corpo quanto o espírito permanecem em repouso, sem percepções conscientes e os sonhos, se acontecem, são esquecidos com o retorno ao estado de vigília.
A experiência de quase morte é acompanhada de visões daquele lugar que ninguém sabe onde e como é: o ALÉM. Além dessa vida, além da realidade tal como é conhecida. Aqueles que de fato morreram por instantes e depois voltaram à vida tiveram um rompimento do liame. O "fio da vida" se partiu e o corpo, realmente, esteve morto naqueles momentos.
Apesar da ciência ortodoxa ocidental jamais ter aceitado a sobrevivência do "ser humano" após a morte (do corpo, neste mundo) as "história do além" existem e são contadas em todas as partes do mundo ao longo de milênios. "Espíritos" são vistos em muitos lugares. Imagens destes "desencarnados" têm sido capturadas fotografias, vídeos; vozes dessas entidades são gravadas. São testemunhos demais para que a possibilidade de vida após a morte seja simplesmente posta de lado, não-estudada ou tratada como assunto sem importância.

Religiões

Religiões mundiais ("grandes religiões"), e outras regionais, mais primitivas, ensinam que a vida vai além das limitações do organismo físico, da carne, dos ossos, do sangue. As teologias podem ser diferentes; as concepções do "além" não são iguais mas de uma forma ou de outras, a maior parte das crenças religiosas admite algum tipo de existência depois da falência do organismo físico.


(Fonte: zuil)

Alguns sistemas religiosos instituem, até mesmo, rituais de transcendência, procedimentos que levam ao chamado transe, quando um crente ou um sacerdote entram em contato com a realidade metafísica, do "outro mundo". O Espiritismo kardecista promove com regularidade "sessões espíritas", onde os mortos são evocados pelas mais diversas razões. A evocação dos mortos também aparece com destaque na Umbanda, em certos ritos do candomblé (dos Eguns), em cultos de povos indígenas e na bruxaria praticada nas mais variadas culturas do planeta: paganismo euro-ocidental, xamanismo euro-oriental, magia chinesa, japosesa, hindu etc.

(Fonte: vilamulher)
Os espíritos não são normalmente visíveis no mundo físico; eles habitam uma outra dimensão espaço-temporal. Há pessoas, todavia, que vêm "fantasmas" com certa facilidade: são os médiuns (meios de contato), os paranormais, gente dotada de percepção extrassensorial (percepção além dos cinco sentidos físicos, visão, audição, tato, olfato, paladar).
A comparação entre a experiência de quase morte e o coma evidencia que: 1. os dois estados não se confundem; 2. na morte ocorrem experiências que fortalecem a crença na continuidade do SER e, por conseguinte, continuidade ontológica do Ego depois que o corpo inerte já não possui nenhum sopro de vida. Aqueles que morreram e ressucitaram, literalmente, sofreram a separação entre corpo e espírito: o corpo se tornou um objeto insensível enquanto o espírito esteve livre para continuar existindo em outras condições de SER-E-ESTAR.

(Fonte: juciaraoliveira)
A liberdade do espírito que se desligou do corpo é relatada pela maioria das pessoas que foram dadas como clinicamente mortas como a capacidade de ver o próprio corpo e circundantes do ponto de vista de alguém que flutua. A realidade do post mortem se impõe: o encontro com estranhos ou conhecidos, parentes, amigos, anjos, Cristo ou Buda; o ser é transportado para outro lugar: de repente pode estar caminhando no túnel escuro; alguns se sentem aliviados, leves - é o céu; outros, aterrorizados - é o inferno.
A sensação agradável ou desagradável que se segue imediatamente à morte parece depender da "constituição mental" do desencarnante, da qualidade dos pensamentos e da expectativas que o moribundo tem. O estudo dos relatos de experiências de quase morte tem demonstrado que o além é uma dimensão existencial regulada muito objetivamente pelas idéias de cada um, ou seja, em outras palavras, o além é idiossincrático, é muito pessoal.
Cada um tem o post mortem configurado segundo as crenças que alimentou durante toda a vida. No mundo contemporâneo, a morte é um assunto proibido, pouco falado, considerado de mau gosto, o "mórbido". A grande massa das pessoas procura não pensar em morte. O estudo da morte (tanatologia) é uma área para especialistas. O resultado desse pudor em relação à morte é que as pessoas morrem despreparadas, muitas vezes sem jamais terem refletido sobre o seu inevitável destino e o resultado são terrores ou longos períodos de letargia que impedem o espírito de desfrutar de sua condição verdadeira de SER COMPLETAMENTE DOTADO DE VIDA!.


            Morte, Coma e Além – Parte II - Visões do Além ou Alucinações

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